Saudações Universitárias,
Fabrício Lins
Prezados Leitores do Pensamento Acadêmico
Li, com atenção, as colocações dos artigos postados, durante a semana a acadêmica, pelos meus Colegas Heraldo e Emannuel da Escola de Engenharia de Niterói. Para quem ainda não os leu sugiro a leitura .
De fato, tanto no que se refere à legislação e regimentos vigentes para nomeações de dirigentes, quanto à transparência na condução dos projetos institucionais, deixamos muito a desejar em termos de democracia e transparências.
No caso de Volta Redonda, temos nossas preocupações voltadas à condução do projeto ligado aos nossos laboratórios e aos prédios que abrigarão os novos cursos. Temos também preocupações com a distribuição de funcionários do quadro técnico-administrativo, que foram, recentemente, contratados para o PUVR.
E neste ponto de vista, não entendemos porque se achou que em nossas unidades não temos uma pessoa capaz de conduzir estes projetos, visto que são frutos de nosso próprio trabalho. Jamais assisti a tamanha desconsideração com uma comunidade acadêmica, constituída de docentes/pesquisadores de elevado nível. É um desdém sem par. A motivação da nomeação, nas próprias palavras do Diretor do PUVR, recentemente nomeado, foi fundamentada nos interesses dos assessores do Reitor.
A acreditar nessa afirmação, perguntamos: E os interesses acadêmicos como ficam?
A comunidade de Volta Redonda, através de reunião do Conselho do PUVR já manifestou seu desejo de escolher seu dirigente e o CUV já foi informado. Não há razão alguma para protelar a Consulta.
Consulta já para os Pólos que a desejarem!
Saudações Acadêmicas e até breve.
Luiz Carlos Rolim Lopes
"Historia mal contada também perde credibilidade, assim como quem a conta"
Não posso deixar de perceber o rancor e a falta de disposição para o diálogo sóbrio nessas palavras. Mesmo assim, vamos lá.
O atual Reitor foi eleito há cerca de três anos atrás com uma votação pífia, é verdade, em Volta Redonda. se não me engano, foram 17 votos docentes.
É preciso, no entanto, lembrarmos também do seguinte. Eram cinco os “cabeças de chapa” e pelo menos três deles, os então candidatos Prof. Roberto Salles, Prof. Sidney e o Prof. Humberto tiveram enormes dificuldades para apresentar suas idéias e conversar com todos aqui em Volta Redonda. Em eleições anteriores, o Diretor reunia o colegiado e os Departamentos em reunião conjunta para permitir que cada candidato expusesse sua plataforma. Em 2006, após a viagem que já conhecemos de Niterói até aqui, pelo menos os três candidatos acima tiveram que se contentar em andar pelos corredores quase sempre vazios e tentar falar com os professores em seus locais de trabalho. Foi assim que conheci, por exemplo, o Prof. Humberto, que esteve em minha sala e apresentou-se como candidato a Reitoria. Registre-se que o mesmo Prof. Humberto, posteriormente Pró-Reitor de Pesquisa, apoiou decisivamente a vinda do MEV para a EEIMVR. Tal situação desagradável até hoje é lembrada e resultou de uma política, ao nosso ver equivocada, de prévio e declarado alinhamento da Direção da Unidade com outro candidato, o qual é hoje, coincidentemente, o atual Diretor do PUVR.
Vale comentar que, para uma Unidade do Interior, tipicamente isolada, consideramos então tal atitude um erro, não apenas pela falta da devida cortesia para com os candidatos, mas também pela falta de estratégia política. Chegamos a comentar esse fato com o Prof. Renato Dietrich que esteve em minha sala pedindo votos para o candidato à Reitor então escolhido pela Direção da Escola, hoje atual Diretor do PUVR. Comentei com ele, que não seria prudente, do ponto de vista político, que nossa Escola se posicionasse tão claramente ao lado de um ou outro candidato.
Quis o destino que o atual Reitor fosse eleito então com uma diferença percentual mínima, menor que 1%. Do total de votos válidos, o equivalente na época a aproximadamente 17 votos docentes.
No entanto, sempre esteve claro para nós que uma política impositiva da futura Reitoria em Volta Redonda, além de não ser correta, não seria construtiva nem resolveria problemas locais. Em face dessas circunstâncias, e após o resultado das eleições para Reitor de 2006, em reunião ocorrida nas dependências do 1o andar do prédio da Reitoria, com a minha presença, do Prof. Rolim, e do Prof. Jayme, e docentes ( prefiro não declinar os seus nomes nesse momento) do grupo de apoio ao Reitor eleito Prof. Roberto Salles que foi sugerida pela primeira vez a possibilidade de um acordo para a política local de Volta Redonda, no sentido de apaziguar os ânimos da fase de eleições.
Em uma segunda reunião, ocorrida no 3o andar da Reitoria, na pequena sala de reuniões próxima à Sala dos Conselhos, essa proposta foi ratificada, nos termos já descritos: formação de uma chapa conjunta entre os dois grupos para a próxima eleição para Direção da EEIMVR e a condução do Diretor da EEIMVR ao cargo de Diretor do PUVR. Tudo isso ocorreu ao final de 2006. Nesse período, o Reitor eleito Prof. Roberto Salles e assessores estiveram novamente em Volta Redonda e se reuniram com o Diretor da EEIMVR. Durante esse período, no final de 2006, eu estive pessoalmente na sala da Direção da EEIMVR, tentando uma aproximação e lhe disse que o Diretor da EEIMVR seria um bom nome para a Direção do Pólo Universitário de Volta Redonda.
Depois de fracassadas as negociações, já em 2007, mas antes da nomeação do Diretor do PUVR, em reunião do Conselho Universitário (eu estava presente), o Diretor da EEIMVR acusou publicamente o Reitor da UFF e presidente do Conselho, Prof. Roberto Salles de lhe ter feito uma "proposta indecente". Em outra Reunião do CUV, o Diretor da EEIMVR, de dedo apontado para o Presidente do Conselho, prognosticou que se projeto do PUVR fracassasse, o responsável seria o "o Prof. Roberto Salles". Tais incidentes, certamente registrados nas Atas do CUV, talvez tenham, quem sabe, precipitado uma decisão para definição da Direção do PUVR.
Talvez o Diretor da EEIMVR tenha feito tal prognóstico por, assim como tantos, desconfiarem da nossa capacidade, e por essa razão a gestão do PUVR tornou-se para nós um desafio e uma responsabilidade maiores ainda, pois o seu fracasso já estava, por assim dizer, vaticinado. Mas não podemos deixar de enfatizar que houve sim uma oportunidade de aproximação. Infelizmente, talvez pela possibilidade ou desejo de um controle total, essa oportunidade foi desperdiçada.
Não tenho condições de narrar o que ocorreu em reuniões em que não estive presente, mas creio que a narrativa acima ajudará alguns entenderem o pano de fundo do que vem ocorrendo de 2007 até aqui no PUVR, e também a entender antigas e profundas ligações entre os envolvidos na política da EEIMVR e do PUVR, de ontem e de hoje.
Saudações a todos.
Prof. Alexandre Silva
Bom Conselho - Chico Buarque de Holanda
Neste último ano tenho coordenado o primeiro Laboratório Multiusuário de Microscopia Eletrônica (LMME) da UFF e somos reconhecidos como um “caso de sucesso” perante a FINEP (agência de fomento que financiou o LMME) e também pela PROPPi (Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação) da UFF. O modelo escolhido para o funcionamento do LMME se baseia na qualificação de usuários para atender as necessidades de pesquisa, ensino e também extensão por parte dos acadêmicos internos e externos a EEIMVR. Neste sentido, os cerca de 20 usuários já treinados e habilitados têm auxiliado alunos de mestrado, doutorado e graduação na confecção de análises junto aos nossos equipamentos. O setor produtivo e outras Universidades (USP, UNESP, FOA e Universidade Nacional de Rosario. – Argentina) já iniciaram um processo de aproximação e/ou colaboração com o LMME nos últimos meses. No ensino, temos utilizado de forma ativa os equipamentos para ministrarmos nossos cursos. Enfim, estamos consolidando um laboratório moderno e disponível para toda a academia.
Assim sendo, quando fico imaginando este cenário sendo repetido com este formato ou com outros que possivelmente serão propostos pelos colegas, tenho certeza que a EEIMVR será considerada referência na região Sul Fluminense e também no Estado do Rio de Janeiro na área tecnológica. Por esta razão, considero saudável e plenamente justificável buscarmos discutir a nossa infraestrutura física que deverá abrigar os nossos laboratórios de engenharia de agronegócios, engenharia mecânica, engenharia metalúrgica, engenharia de produção, física, química e também de outras ciências. Acredito que o blog Pensamento Acadêmico UFF – Volta Redonda pode ser um local para discutirmos estas importantes questões sem partidarismos ou particularidades. Por outro lado, também gostaria que a discussão fosse amplamente abordada em outros fóruns da UFF, como por exemplo, na Agenda Acadêmica e principalmente junto às Coordenações e Departamentos de Ensino da EEIMVR tanto pelos alunos quanto pelos professores e técnicos. A democracia requer o nosso constante trabalho e construção para podermos nutrir um sentimento de dever cumprido para com a sociedade.
Saudações acadêmicas,
Fabrício