segunda-feira, 5 de outubro de 2009

A História das Obras em Resumo – Parte I - EEIMVR

Primeiramente gostaria de agradecer o convite para participar como colaborador deste blogger. Para aqueles que ainda não me conhecem meu nome é Horácio Guimarães Delgado Junior, Matemático, Engenheiro Civil, Mestre em Engenharia Metalúrgica – EEIMVR/UFF orientado pelo Professor Erlen Viktorovitch Lenski, discente de doutorado do PPGEM, nascido no Hospital São Camilo – Volta Redonda – RJ em 1977, Professor da Escola de Engenharia Civil do UNIFOA, trabalho com carteira assinada desde 17 anos de idade, meu falecido pai era militar e foi de Soldado engajado em 1953 no quartel de Barra Mansa – Área de Segurança da CSN – a Capitão, posto máximo, terminando sua carreira como Delegado do Serviço Militar em Volta Redonda 1988, portanto além de toda a minha formação acadêmica ter sido em Volta Redonda minhas raízes familiares também são daqui desta terra, não sou filiado a nenhum Partido Político, apesar de meu tio ter sido presidente da câmara dos vereadores de Volta Redonda, trabalho com projetos civis desde que me formei tenho contribuído para o crescimento e desenvolvimento da região com mais de mil e quinhentos trabalhos técnicos já realizados em obras industriais, obras de infra-estrutura, obras prediais e obras offshore, tenho obra indicada prêmio talento estrutural e obra citada Guinness, tenho passado por momentos difíceis em minha vida familiar, recentemente perdi minha irmã esquizofrênica a quem eu cuidava desde a morte de meu pai e ainda cuido da minha mãe que permanece no leito face a seqüelas de um acidente vascular cerebral em 2000 e resolvi escrever este histórico para esclarecer os fatos acerca das obras do PUVR em que participei e que vêm ultimamente sendo foco de comentários por parte da comunidade acadêmica. Em meados 2007 fui chamado pelo Professor Alexandre, na ocasião ocupando o cargo interino de diretor do PUVR para avaliar a possibilidade de crescimento da escola de engenharia que passava por dificuldades de espaço, em face do crescimento e a vinda de novos cursos. Havia disponibilidade de capital remanescente de exercícios anteriores que deveria ser licitado ainda dentro do mesmo exercício 2008. Realizamos a avaliação do complexo que abriga a escola de engenharia e como a grande maioria das obras apresentava um quadro hereditário de problemas fruto de crescimento e falta de plano de manutenção preventiva, sendo estes: patologias estruturais, infiltrações, instalações elétricas adaptadas sem a devida reestruturação, vazamento em instalações que poderiam comprometer estruturalmente as lajes, circulações e rotas de fuga inseguras e fora dos padrões normativos, prédio de laboratórios sem canalização preventiva de incêndio, distância entre escadas superiores a quarenta metros, entre outros. É oportuno esclarecer que certamente todas as intervenções realizadas no complexo foram as melhores que se puderam fazer nas ocasiões. A viabilidade técnica-econômica realizada apontou como mais eficiente o edifício Edil Patury Monteiro – Prédio de Laboratórios – que sendo o mesmo estruturado para laboratórios pesados em todas as dependências seria viável a partir de um novo plano de ocupação, laboratórios pesados no térreo, e um mix entre laboratórios leves, salas de aula e gabinetes de professores nos pavimentos superiores, dobrar a área construída sem a necessidade de intervenções significativas nas estruturas e nas fundações. A CAEP atual SAEP na ocasião nos forneceu cópia dos projetos estruturais e de alguns dos projetos de arquitetura e instalações do referido edifício. De posse destas informações elaboramos, em regime de doação e com a cooperação de profissionais ligados ao meu escritório, os projetos básicos de arquitetura, estruturas, instalações, complementares, cronograma físico-financeiro, planilha orçamentária, memorial descritivo, contratos, tudo conforme a lei 8666 e a obra de reforma e ampliação do edifício Edil Patury Monteiro foi realizada em dezembro de 2008. Não haviam todos os recursos para a licitação da obra de reforma e ampliação do Edifício Edil Patury Monteiro, mas em face de sua real necessidade o diretor do PUVR conseguiu viabilizar a complementação orçamentária através de emenda parlamentar da deputada Cida Diogo e com recursos da própria universidade. O projeto de arquitetura foi elaborado e alterado durante a execução da obra com a participação ativa de membros da comunidade acadêmica buscando sempre a melhor solução para o atendimento das necessidades da escola sendo a base da conceituação original a horizontalização máxima do pavimento para otimização, concentração e funcionalidade espaços. A estrutura foi projetada de forma eficiente e uma solução bastante inovadora foi dada permitindo instalar um prédio metálico sobre um existente construído em concreto armado, otimizada, contemplando o uso de mísulas e vigas mistas explorando a vocação regional, reduzindo o prazo de construção e os custos da obra. O custo do metro quadrado construído é de cerca de mil reais, menor que a metade do custo de outra obra licitada pela UFF na cidade na mesma época. Isto permitiu construir o dobro da área com o mesmo recurso. O projeto prevê ainda a reestruturação de instalações como de ar condicionado que irão ser distribuídos através de prumadas especificas e seus condensadores instalados em passarelas sobre o telhado em local de fácil acesso a manutenção, instalação de duas caixas de escada à prova de fumaça locadas estrategicamente na edificação permitindo maior segurança aos usuários, dois elevadores permitindo o acesso a portadores de necessidades especiais a todos os andares do prédio, reestruturação dos sistemas de água e energia elétrica, adequação do sistema de prevenção contra incêndio e pânico, construção de cerca de cem gabinetes individuais de professores com aproximadamente dez metros quadrados cada um todos devidamente climatizados e com completa infra-estrutura de lógica e telefonia permitindo melhor acomodação para os docentes antigos e novos, reordenação dos espaços adequação dos laboratórios com acomodações seguras para professores e alunos, a sustentabilidade, a otimização das áreas úteis, localização do sol, redução do consumo de energia. Apesar de licitada em 2007 a ordem de serviço apenas foi dada em meados de 2008 e após a instalação da empreiteira Lytoranea no canteiro, a retirada do telhado e o inicio das demolições caixas d’água e de elementos de platibandas observou-se que em cerca de um terço da edificação as estruturas apresentavam-se executadas de forma diferente dos projetos fornecidos pela SAEP, pilares que eram para possuir dimensões de 20x110 centímetros em concreto armado estavam revestidos com alvenaria e possuíam na realidade 20x20 centímetros, vigas com armaduras inferiores as projetadas e lajes insuficientes colocando, patologias graves que colocavam a estrutura em risco iminente de colapso, não era possível prever isto na fase de projeto em face da “maquiagem” realizado com as alvenarias em torno da real estrutura – aparentemente a estrutura projetada era a executada. Logo após o início, a obra foi de forma estranha embargada por fiscais da Prefeitura Municipal de Volta Redonda, por motivo de denúncia que nos obrigou, imediatamente a elaborar Laudo Técnico, com o objetivo de esclarecer às autoridades competentes a gravidade dos problemas, e permitir a continuação da obra priorizada por este grande imprevisto. Era necessária a continuidade das investigações com abertura de fundações e a emergencial reforma estrutural impactada pela imediata evacuação da área. Em face disto demos início a uma minuciosa investigação da estrutura e das fundações para que se fosse possível verificar com precisão quais seriam as reais necessidades de intervenção e elaborarmos os projetos de recuperação estruturais e reforços. Na referida região da edificação todos os pilares tiveram que ser encamisados desde as fundações até a cobertura, pois eram insuficientes as lajes e vigas da cobertura tiveram que ser macaqueadas e reforçadas. A realidade é que todo este processo de alteração contratual com a empreiteira, execução de obra e pagamento ainda é muito demorado no serviço público, estes e outros fatores alheios a minha vontade contribuíram para o atraso das obras. As soluções de engenharia propostas foram as melhores possíveis e o que não posso admitir é que pessoas critiquem o projeto sem terem condições de apresentar melhores soluções. Não projeto castelos de areia nem torres de papel... Faço obras dando o melhor de mim. Quando faço um projeto coloco a minha alma e o meu coração, pois é o meu nome e vivo disto. Sobre “Os defeitos”, deixo transcrito a coluna de Paulo Coelho da revista do jornal Extra de 04 de outubro de 2009: “É curioso”, comenta o guerreiro da luz consigo. “Encontrei tanta gente que na primeira oportunidade, tentava mostrar o pior de si. Escondia a força interior atrás da agressividade, mascarava o medo da solidão com o ar de independência; não acreditava no próprio potencial e vivia pregando aos quatro cantos as suas virtudes”. O guerreiro não se deixa enganar pelas aparências, ele sabe que a sua força está no segredo. Mas sempre tenta corrigir suas falhas, já que as pessoas são sempre um bom espelho. Assim, um guerreiro aproveita toda e qualquer oportunidade para ensinar a si mesmo”.

Um comentário:

  1. Prezado M.Sc. Horácio Delgado Jr.,

    Gostaria de lhe agradecer pelas informações prestadas na sua postagem. Além disso, também acredito que a Comunidade Acadêmica deveria reconhecer toda a sua dedicação e carinho na realização de todos os seus trabalhos voluntários em favor da UFF tanto de Niterói quanto de Volta Redonda. No Brasil ainda temos limitações em reconhecer o trabalho de profissionais ímpares como você. Muito obrigado.

    Um abraço,

    Prof. Fabrício Lins

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