Oi pessoal,
Tenho acompanhado através do blog a discussão sobre as obras no pólo (incluindo as mensagens anônimas) e tenho uma observação a fazer – tudo isso é muito importante, contudo, para mim, não é suficiente.
A grande questão que move a maioria das pessoas que pensam hoje na UFF, na minha modesta opinião, é como conciliar a imprescindível Democracia Universitária com a desejada Excelência Acadêmica.
Construir prédios é importantíssimo, mas eles devem ter um objetivo claro e vão ser ocupados por pessoas. Essas pessoas serão alunos e funcionários (docentes e técnicos administrativos – todos servidores públicos). Discutir qual o perfil mais adequado para esses servidores públicos e, também, que tipo de profissional (e cidadão) queremos formar é essencial. Exigir transparência nos projetos de engenharia e a divulgação dos custos dos mesmos também é fundamental (estamos falando de recursos públicos, não é mesmo?)
Um dirigente “tocador de obras” sem cabeça não serve para muita coisa. Um dirigente que tenha cabeça mas que não respeite a democracia universitária atrapalha mais do que ajuda.
Como nenhum indivíduo é perfeito, a responsabilidade da escolha do dirigente mais adequado (ou do menos inadequado) deve ser coletiva.
Reafirmo que diferenças políticas entre grupos numa universidade existem, são legítimas e normais. Numa universidade democrática, essas diferenças são resolvidas no voto. Para mim é inacreditável que num pólo com tantos cursos (graduação e pós-graduação) e tantos docentes, não haja ninguém competente o suficiente para geri-lo de forma eficiente.
Minha preocupação, no caso dessas indicações de gestores universitários sem participação coletiva, é com a possibilidade de se criar um ambiente de descrédito e frustração na Política como instrumento de organizar/modificar a nossa vida acadêmica.
Todo debate é bem-vindo porque da discussão “nasce a luz” (e são formados os cidadãos).
Eleições diretas no PUVR e nos demais pólos!
Saudações Universitárias
Heraldo
PS.: Uma consulta eleitoral seria interessante para qualquer um dos grupos envolvidos nessa discussão sobre o pólo – o diretor eleito teria mandato e legitimidade. Portanto, não dependeria mais da “generosidade” de ninguém para se manter no cargo. Acho a consulta um assunto de interesse de todos. A disputa política ficaria para a eleição.
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