domingo, 27 de março de 2011

FRASES, DITADOS E MITOS: A ELEIÇÃO DA DIREÇÃO DA EEIMVR

Sua tarefa é descobrir seu trabalho e dedicar-se a ele de todo coração.” Siddharta Gautama

1 - História recente

Estamos vivendo tempos cujas transições têm sido extremamente rápidas na UFF de Volta Redonda durante os três últimos anos. Estas transições locais têm tido como principal força motriz o conceito inicial de expansão. A expansão se baseou inicialmente (ano de 2005) no aumento da oferta de vagas dos cursos de engenharia, na contratação de professores e, por conseguinte, na criação de novos cursos de graduação (Engenharia de Agronegócios e Administração). Nos últimos dois anos, tais mudanças foram aceleradas graças ao Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) do governo federal. O Reuni, naquele momento, permitiu a consolidação de um projeto realmente de cunho acadêmico no hoje PUVR. Devemos lembrar que o supracitado projeto acadêmico não se resumia somente às obras de ampliação e reforma do prédio Edil Patury Monteiro da EEIMVR e à construção de um novo espaço universitário (campus Aterrado). Talvez este estágio tenha realmente iniciado um processo real de “crescimento” em substituição aos planos iniciais que, de certa forma, podemos hoje considerar um tanto acanhados e sem qualquer “planejamento estratégico” para se levar a cabo um processo de expansão na terra do aço.

2 – Eleições 2011

Nossa visão de futuro começou a ser discutida, para variar um pouco, junto a uma mesa de café no Shopping Pontual, formalmente o nosso “escritório avançado”. A discussão se arrastou de novembro até o momento de inscrição da nossa chapa. Antes de mais nada, devemos reconhecer que, entre acertos e erros, o saldo capitaneado pelo o nosso grupo político foi positivo. Alguns de nós deverão se lembrar incisivamente que perdemos a eleição. É fato que em relação aos números de votos (40% do total) que a Chapa 1 obteve, não foram suficientes para ganharmos a posse da sala “Antonio Fontana” pelos próximos 4 anos. Somente a título de curiosidade, antes da eleição os nossos números indicavam um resultado entre 40 e 44 votos docentes, obtivemos o apoio de 36 colegas, contra 53 sinalizações pela continuidade da gestão atual.

Neste contexto, o “planejamento estratégico” era de alcançarmos um percentual maior do que a chapa do ano de 2006, Jayme e Flávio Ferreira, e também marcar posição frente aos reais problemas da nossa Escola de Engenharia de forma independente de quaisquer chapas concorrentes. Em outras palavras, a intenção era apresentar propostas sérias e exeqüíveis de serem implementadas a curto e médio prazo. Além disso, durante a campanha conseguimos falar com vários colegas da Metalurgia que se encontravam bastante distanciados e principalmente dar um recado de “união e harmonia” a toda Comunidade Acadêmica. Sim, fizemos tudo o que era possível. Enfim, lutamos o bom combate sem entrarmos em questões pessoais e mesquinhas, ou seja, saímos do discurso da ética para uma prática pacífica, tranqüila e calma. Não usamos “praguinha” (botons adesivos com alusão a qualquer “Chapa XX”) e muito menos realizamos qualquer tipo de panfletagem. Internamente, conseguimos o apoio e o trabalho de todos de forma incansável, mesmo diante de problemas como listas de votação, ataques pessoais, provocações de antigos amigos e principalmente olhares e palavras de insulto, desrespeito e literalmente exumações de cadáveres no auditório da EEIMVR.

3 - Conclusões

Tenho certeza que “nunca antes na história dessa Escola de Engenharia de 50 anos de sucesso”, as idéias foram apresentadas de forma tão discreta e principalmente ecoaram tanto entre o corpo discente, os técnicos-administrativos e os nossos colegas de metiê. Gostaria de agradecer a todos, em especial ao Alexandre e ao Zé Adilson, por permitirem que eu estivesse em todos os momentos ao lado deles no bom embate. E parodiando o meu colega e amigo Prof. Jayme, que sempre cita a sua vasta cultura de Discovery Channel:

“Resistir sempre até que os leões se tornem cordeiros e vice e versa” filme do Robin Hood.

Saudações Acadêmicas,

Fabrício Lins

sexta-feira, 25 de março de 2011

CHAPA 1

AGRADECIMENTO

    Nós, membros da Chapa1 - Seriedade e Competência, Professores  Alexandre José da Silva e José Adilson de Castro gostaríamos de expressar nossa gratidão pela confiança depositada nos votos do corpo docente, do corpo técnico-administrativo e nos votos discentes por ocasião do pleito à Direção da EEIMVR-2011. Agradecemos também aos docentes, alunos e funcionários técnico-administrativos que, mais do que acreditaram, nos ajudaram a divulgar nossas propostas e colocações. Agradecemos também a todos que se deram o trabalho de ler e comparar todas as propostas apresentadas, ainda que não tenham votado por nossa chapa 1. Por outro lado, reconhecemos a escolha democrática da Comunidade da EEIMVR pelos métodos e rumos apontados pela  Chapa 2, que terá agora  chance de colocá-los em prática, ao mesmo tempo que a cumprimentamos pela vitória. De nossa parte, continuaremos a trabalhar por um Ensino Superior de Alta Qualidade, com base na associação do Ensino de Graduação à Pesquisa, no desenvolvimento social e tecnológico da Região e de nosso Estado, e apoiado pelos setores público e privado. Da mesma forma, acreditamos que só com Departamentos Autônomos, com um Colegiado de Unidade também autonomamente definido, representativo de todos Departamentos e tendências alcançaremos o necessário equilíbrio político para progredirmos cada vez mais.
 A todos, nossos sinceros agradecimentos.

Prof. Alexandre José da Silva e José Adilson de Castro
Chapa1 – Seriedade e Competência

segunda-feira, 14 de março de 2011

CHAPA 1 – PROPOSTAS DE GESTÃO PARA A EEIMVR

NOSSA VISÃO DE FUTURO PARA A EEIMVR 
www.chapa1.from-me.org

por Alexandre e José Adilson

A EEIMVR passou na última década e meia por um notável processo de crescimento e expansão. O número de alunos passou de cerca de 80 para mais de 1500, entre 1994 e 2011. O curso de Engenharia Metalúrgica deu origem a mais três cursos de Engenharia, três Mestrados stricto sensu e um Doutorado. Somos hoje por volta de cem docentes, a grande maioria com Doutorado, e perto de trinta funcionários técnico-administrativos.  Nossos alunos encontram lugar nas mais diferentes empresas do País, tanto no setor privado quanto no setor público. Já temos, pois, condições para nos firmarmos como um grande Centro de Referência e Excelência em Tecnologia e Engenharia no Estado do Rio de Janeiro.

Neste contexto, entendemos que o papel da EEIMVR é constituir-se em mais do que uma boa Escola de Engenharia. Temos possibilidades de formarmos a base de um Parque Tecnológico fundamentado em um grande Centro de Pesquisas que deverá ter estreita relação com as atividades acadêmicas da EEIMVR. Os recursos para essa empreitada devem ser buscados não somente junto a agências governamentais, mas também por meio de projetos com as grande empresas do País. Esse modelo é viável e tem tido grande sucesso em outras Universidades do País e do exterior. Conta a nosso favor, o perfil e pujança industriais de nossa Região, que já mostra a carência por um grande Centro de Pesquisas que participe do crescimento das atividades industriais e tecnológicas.


A EEIMVR não pode deixar de desempenhar um papel de destaque no contexto do desenvolvimento Regional, do Estado e mesmo do País. Para isso, precisamos modernizar nossas estruturas administrativa e política. Precisamos harmonizar os lados administrativo e técnico-científico de nossa Escola. Nossa candidatura e propostas têm também esses objetivos, para podermos lançarmos um grande projeto de participação no desenvolvimento regional nas áreas de Energia, Metalurgia, Materiais, Meio-Ambiente, Alimentos, etc., de modo a unir toda a EEIMVR em torno de metas comuns que beneficiem a todos: Departamentos, Cursos, o Corpo Técnico-Administrativo e, muito especialmente, nosso Corpo Discente. Nós da Chapa 1 estamos plenamente capacitados para conduzir a EEIMVR rumo ao seu futuro. Temos a experiência administrativa, a dedicação e a capacitação técnico-científica necessárias, e delineamos nossas propostas para atingir esses objetivos, também detalhadas no site www.chapa1.from-me.org.

PROPOSTAS DE GESTÃO
AOS ALUNOS
  • Prioridade máxima para a conclusão, entrada em funcionamento, instalação de equipamentos, e integração aos cursos de graduação dos Laboratórios EEIMVR;
  • Abordagem do grande problema de alunos excedentes em disciplinas do ciclo básico;
  • Ampliação imediata do número e variedade de  volumes disponíveis na Biblioteca da Escola;
  • Apoio sistemático e institucional  aos projetos extra-curriculares como Mini Baja, Aerodesign, Projeto Social, Pulso Consultoria e outros;
  • Promover as atividades de Monitoria, inclusive com adequação de horários, disponibilidade de salas, e uso de recursos de Ensino à distância, em apoio aos alunos, visando a redução dos índices de reprovação, principalmente em disciplinas do ciclo básico;
  • Ampliação dos Convênios Internacionais para atividades de intercâmbio e estágio curricular;
  • Implantação de sistema de apoio à editoração e impressão de trabalhos pelos alunos nos Laboratórios de Informática.
  • Inclusão no Colegiado da Unidade de representação do corpo técnico-administrativo;
  • Estímulo à formação continuada do corpo técnico-administrativo;
  • Modernização das formas  e estruturas de atendimento aos alunos por parte das Coordenações de Curso, com conseqüente flexibilização de horários para os funcionários;
  • Criação de um sistema de apoio à Gestão de Projetos Pesquisa e captação de Recursos, inclusive com sistema de malote para a FAPERJ;
  • Trabalhar pela implantação de um Serviço de Atendimento Ambulatorial, inclusive para exames periódicos.
  • Autonomia Departamental e descentralização administrativa. Os Departamentos deverão ter participação e ordenação orçamentária independente e tomar parte no projeto da EEIMVR junto ao PDI da UFF;
  • Dedicação da Direção da Unidade à elaboração de Projetos de cooperação e captação de recursos junto a grandes empresas do País;
  • Democratização da representação através da participação garantida de todos os Departamentos e cursos no Colegiado da Unidade;
  • Transferência do vínculo e autonomia administrativos de todos Laboratórios de Ensino aos respectivos Departamentos;
  • Transparência administrativa através de prestação anual de contas, publicação e ampla divulgação da origem e destino de recursos, serviços contratados, e material adquirido;
  • Criação de um sistema de apoio à Gestão de Projetos Pesquisa e captação de Recursos, inclusive com sistema de malote para a FAPERJ.


VOTE CHAPA 1 - SERIEDADE E COMPETÊNCIA

domingo, 13 de março de 2011

O poder da ciência

Artigo de Cristovam Buarque e Jorge Werthein publicado no Estado de São Paulo.

Uma autoridade de elevada patente se prepara para deixar o poder. Aproveita a oportunidade para fazer um mea culpa. Deveria ter investido mais em educação científica. Permitiu que outros países, com ciência e tecnologia mais avançadas, se tornassem superiores. Agora é tarde. Seu governo fracassou. Amarga derrota irreversível. Ele deposita, então, nos jovens a esperança de elevar ao nível máximo o "poder científico e o poder espiritual" da nação.

No dia seguinte, os jornais trombeteiam que seu sucessor dará ênfase à ciência básica no sistema escolar. Recém-empossado, ele anuncia a criação de uma secretaria voltada exclusivamente para a educação em Ciências. Reconhece publicamente a extrema relevância do "cultivo da capacidade de pensar cientificamente" para a construção de uma cultura nacional.

Milhões em recursos financeiros se destinam agora a um fundo para a promoção da ciência no cotidiano da população. O novo governo se mostra decidido a corrigir os erros do passado e a apostar no futuro do país por meio do conhecimento científico.

Esse episódio ocorreu de fato e é narrado no livro Embracing Defeat - Japan in the Wake of World War II, de John W. Dower, lançadoem1999. O cenário era o Japão, imediatamente após o fim da Segunda Guerra Mundial, quando os Aliados-Estados Unidos à frente - derrotaram as forças do Eixo, entre elas o Japão, alinhadas com o nazifascismo.

Nesse momento histórico, o governo japonês se rendia diante da superioridade bélica norte-americana, expressa com a explosão das bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki. As autoridades nipônicas, tanto as que deixavam o poder quanto as que nele ingressavam - entre elas o derrotado ministro da Educação do relato do livro -assumiram que a maior deficiência dos japoneses tinha sido a ciência e a tecnologia.

Artigo publicado no Asahi Shimbun, maior jornal do Japão, em 20 de agosto de 1945, chegava a afirmar: "Perdemos para a ciência do inimigo." Evidentemente, ninguém,em sã consciência, ousaria defender o emprego da ciência e da tecnologia para fins não pacíficos. Mas o episódio e seus desdobramentos ajudam a compreender o impressionante avanço japonês nessas áreas.

O Japão só despertou realmente para a relevância do investimento nesses setores ao perder uma guerra. Hoje, décadas após o Plano Marshall, os japoneses se mantêm na dianteira em termos científico-tecnológicos. O país se tornou referência mundial em ciência e tecnologia, a despeito da crise econômica que enfrentam, sobre a qual, aliás, afirma o Relatório Mundial de Ciências da Unesco, lançado em 2010: "Neste período de incerteza, entretanto, há um firme consenso entre políticos, administradores públicos e industriais japoneses sobre a importância crucial da ciência e da tecnologia e sobre a necessidade de estimular a inovação."

Em parte também por motivos de segurança nacional, a igualmente asiática Coreia do Sul tem avançado consideravelmente nas áreas de ciência, tecnologia e inovação. Os sul-coreanos, que têm como maior ameaça à paz seus vizinhos norte-coreanos, atingiram, ao lado da Finlândia, o topo do ranking no mais recente Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês). A Coreia do Sul figura, no exame, como um dos cinco países com melhor desempenho em ciências entre os 65 avaliados. Vem logo abaixo do Japão.

Japão e Coreia do Sul têm aparentemente pouca semelhança com países como o Brasil. No entanto, observados mais de perto, apresentam alguns traços em comum, tais como períodos de ditadura política e de atraso econômico em passado não muito distante. Da segunda metade do século 20 para cá, os dois "tigres asiáticos" alcançaram elevados patamares em termos de educação, enquanto o Brasil avançou muito lentamente. Somente agora, em pleno século 21, o "gigante adormecido" parece começar a despertar para a relevância da escola no desenvolvimento do País e vem avançando mais celeremente nesse campo.

País que há muito já se destaca internacionalmente nas artes - especialmente na música- e nos esportes - notadamente no futebol -, o Brasil precisa dar-se conta de que pode e deve avançar mais em ciência e tecnologia e converter-se também em referência nessas áreas, ingressando, assim,de forma definitiva na chamada sociedade do conhecimento.

Deve perceber que alfabetizar não basta, assim como não basta universalizar o ensino fundamental. É preciso conferir lhe qualidade e garantir que os estudantes efetivamente aprendam. Ao mesmo tempo, precisa desenvolver o potencial científico que há latente nos cérebros das nossas crianças desde os primeiros anos de escola. Deverá, para isso, destinar mais recursos para a educação científica e para pesquisa e desenvolvimento, a chamada P&D.


Para ter uma ideia, no Brasil a relação entre Produto Interno Bruto (PIB) e gasto interno bruto em P&D tem-se mantido estável nos últimos anos, enquanto na China teve aumento de 50% entre 2002 e 2008, segundo o mais recente Relatório de Ciências da Unesco.

Em seu discurso de posse, o novo ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, muito oportunamente narrou episódio que atribui a Stephen Jay Gould, um dos grandes biólogos e teóricos da evolução do século passado: "Fizeram uma sondagem nas escolas de segundo grau americanas para aferir quem os adolescentes admiravam mais. O primeiro nome da lista foi Michael Jordan. Fizeram sondagem semelhante na Coreia do Sul e lá o primeiro nome da lista foi do emérito físico britânico Stephen Hawking." Sinal dos tempos.

*Cristovam Buarque (professor da Universidade de Brasília e Senador PDT-DF) e Jorge Werthein (doutor em Educação pela Universidade Standford - EUA, representante da Unesco no Brasil e vice-presidente da SANGRI BRASIL).
(O Estado de São Paulo - 09/03)

sexta-feira, 11 de março de 2011

Convite para divulgação de Plataforma Eleitoral

Volta Redonda, 09 de março de 2011. 

Prezados Professores Alexandre José da Silva/José Adilson de Castro e Salete Souza de Oliveira/Fernando Tadeu Pereira de Medeiros,

Tendo em vista a Consulta para Identificação das Preferências da Comunidade Universitária para a Escolha de Diretor e Vice-Diretor da EEIMVR / PUVR / UFF para o próximo quadriênio 2011-2015, vimos pelo presente convidar as chapas concorrentes para divulgar as respectivas Plataformas Eleitorais.  


Assim, solicitamos que nos seja encaminhado um texto completo (incluindo título) de no máximo 14.500 (cartoze mil e quinhentos) caracteres com espaços. Os textos poderão ser enviados via e-mail (pensamentouffvr@gmail.com) nos formatos do tipo doc ou pdf. Pretendemos publicar ambos os textos a partir do dia 14 de março de 2011.

 Desde já, agradecemos a atenção dispensada e desejamos uma boa sorte no pleito.

Saudações Acadêmicas,

Blog Pensamento Acadêmico UFF-VR
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quarta-feira, 9 de março de 2011

Chapas para a Consulta Eleitoral para Escolha da Direção da EEIMVR 2011-2015

A Comissão Eleitoral Local (CEL) divulgou em 01 de março,  no quadro de avisos da EEIMVR, as chapas que foram  homologadas para a escolha da nova Direção da Escola de Engenharia no próximo quadriênio. A Comunidade Acadêmica poderá optar entre as duas chapas inscritas. 

A seguir apresentamos a composição das chapas concorrentes com as informações dos respectivos currículos acadêmicos dos candidatos. Estas informações foram coletadas na Plataforma Lattes do CNPq (www.cnpq.br) em 09 de março de 2011. 

CHAPA 1
Graduado em Engenharia Mecânica pela UFRJ (1981), Mestre em Engenharia Nuclear pela COPPE-UFRJ (1984) defendeu tese de cunho computacional e experimental na área de escoamentos bi-fásicos gás-líquido (modelo Drift-Flux dinãmico). Recebeu o doutoramento em Engenharia Mecânica (Doktor-Ingenieur für Maschinenbau-Dr.-Ing.) - pela Ruhr Universität Bochum-RUB, Institut Für Thermo Und Fluidynamik (1990), na Alemanha, com tese na área da Análise Assintótica da Convecção Mista Turbulenta. Entre 1990 e 1993 trabalhou no IPRJ, em Friburgo-RJ. Desde 1993 trabalha na Escola de Engenharia Industrial Metalúrgica de Volta Redonda - EEIMVR, da Universidade Federal Fluminense-UFF, onde é hoje Prof. Associado III do Departamento de Engenharia Mecânica. Leciona e lecionou, ao nível de Graduação as disciplinas: Mecânica dos Fluidos I e II, Métodos Numéricos, Programação de Computadores, Solidificação e Lingotamento, Transmissão de Calor I , Máquinas Térmicas, Máquinas de Fluxo, e ao nível da Pós-Graduação leciona: Métodos Computacionais Avançados, Equações de Transporte, Mecãnica do Continuum, Simulação de Processos, Programação e Volumes Finitos. Atua na área de Engenharia Metal-Mecânica, com ênfase em Simulação de Processos e Fenômenos de Transportes e Mecânica dos Fluidos, envolvendo escoamentos reativos, mono- e multifásicos, com e sem transmissão de calor, usando principalmente o Método de Volumes Finitos na solução numérica das Equações de Transporte de Massa , Momentum e Energia. Tem atuado principalmente nos seguintes temas: Simulação de Processos Siderúrgicos (alto-forno, sinterização, aciaria, laminação, etc..), desenvolvimento de ferramentas computacionais para cálculo de impacto ambiental devido á dispersão de poluentes no meio ambiente. Mais recentemente trabalha também com aceleração de algoritmos computacionais através da utilização de "clusters" de computadores e computação paralela.

Possui graduação em Engenharia Metalúrgica pela Universidade Federal de Ouro Preto (1993), mestrado em Engenharia Metalúrgica pela Universidade Federal Fluminense (1996) e Ph. D Em Engenharia com enfase em simulação de processos pela Tohoku University, no Japão (2001). Atualmente é membro do corpo Editorial da Coleção de Livros Metalurgia e Materiais e professor adjunto da Universidade Federal Fluminense sendo Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Metalúrgica. Tem experiência na área de Engenharia de Materiais e Metalúrgica, com ênfase em Siderurgia, atuando principalmente nos seguintes temas: simulação computacional de Processos, alto-forno, Sinterização, Meio Ambiente. Atua no desenvolvimento e aplicação de Softwares voltados à análise dos processos siderúrgicos. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2.
http://lattes.cnpq.br/4613010410524009


CHAPA 2
Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Pará (1995), mestrado em Engenharia Civil pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1998) e doutorado em Engenharia Civil pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2004). Atualmente é professora adjunto IV da Universidade Federal Fluminense. É coordenadora do Curso de Engenharia de Produção da EEIMVR/UFF e tem experiência na área de Engenharia Civil, com ênfase em Mecânica das Estruturas e atua também na área de Pesquisa Operacional.


Possui graduação em Engenharia Metalurgica pela Universidade Federal Fluminense (1974), mestrado em Iron and Steel Technology - University of Sheffield (1980) e doutorado em Engenharia Química pela Universidade Estadual de Campinas (2006). Atualmente é professor associado da Universidade Federal Fluminense, na Escola de Engenharia Industrial Metalurica de Volta Redonda. Tem experiência na área de Engenharia de Materiais e Metalúrgica, com ênfase em Metalurgia Extrativa, atuando principalmente nos seguintes temas: altos-fornos, modelos, redução, carvão e minerio de ferro, reciclagem de resíduos metalurgicos.

Lei de resíduos abre caminho para tecnologias

Novos processos para dar destinação ao lixo urbano começam a entrar em testes no País.

Entre as tecnologias que começam a se tornar competitivas estão a transformação dos resíduos em combustíveis, conhecida pela sigla CDR (combustível derivado de resíduo).

A empresa de gestão de resíduos Estre Ambiental trouxe essa tecnologia para o País e instalou em Paulínia (SP) o Tiranossauro, um equipamento importado da Finlândia. Em um galpão de 6,2 mil m², a máquina tritura, separa e transforma o lixo em combustível. "Com essa máquina, é possível dar destino do lixo orgânico até resíduos mais volumosos, como móveis e colchões velhos", explica Pedro Stech, diretor de Tecnologia Ambiental da Estre. O equipamento, em testes, deve começar a operar comercialmente em abril.

Stech explica que a tecnologia CDR está em operação em outras 50 cidades do mundo, como Roma e Helsinque. A unidade em testes em Paulínia tem capacidade para processar 1 mil toneladas de lixo por dia e permite produzir 500 toneladas/dia de combustível para fornos industriais - que pode ser usado para alimentar caldeiras e fornos hoje abastecidos com combustíveis fósseis, como carvão.

"O equipamento ainda precisa passar por ajustes, mas é uma solução viável para regiões metropolitanas, que produzem muito lixo diariamente e já não podem contar com aterros", diz.

A tecnologia da incineração dos resíduos em termelétricas que geram energia elétrica, comum na Europa e Japão, é outra que deve entrar em operação nos próximos meses. Há estudos de viabilidade em andamento - de capitais como Belo Horizonte a municípios de porte médio, como São Sebastião, Barueri e São Bernardo do Campo (SP).

"Com a aprovação da lei nacional de resíduos, a tendência é que haja uma diversificação nas tecnologias para dar destino aos resíduos no País", diz Carlos Roberto Vieira da Silva Filho, diretor executivo da Abrelpe, entidade que reúne empresas de coleta e destinação do lixo. Segundo ele, o custo da incineração dos resíduos ainda é um empecilho - em torno de R$ 250 a tonelada, enquanto o custo médio da destinação a aterro é de R$ 90 a tonelada. "Mas esses custos podem ser reduzidos com a venda da energia elétrica gerada pelo sistema", diz Silva.

Para Lúcia Coraça, diretora de Química e Energia da Pöyry, empresa que atualmente realiza um estudo de viabilidade para uma unidade de incineração em Belo Horizonte, a incineração pode ajudar a resolver o problema do lixo nas metrópoles. "É possível conciliar a reciclagem dos materiais com a incineração", diz. 
(Estado de São Paulo: 2/3)

domingo, 6 de março de 2011

''Salário de docente não é compatível''

''Salário de docente não é compatível''
05 de março de 2011 | 0h 00
Lisandra Paraguassu - O Estado de S.Paulo

ENTREVISTA
Edward Madureira Brasil, reitor e presidente da Andifes
O Ministério do Planejamento quer reaver das universidades federais R$ 300 milhões que, alega o Tesouro, foram pagos irregularmente a professores e servidores técnico-administrativos. A maior parte das irregularidades está sendo discutida na Justiça - são ganhos de planos econômicos antigos, funções gratificadas e horas extras incorporadas aos salários que agora o Planejamento questiona.
O presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Edward Madureira Brasil, reitor da Federal de Goiás, diz que as instituições não têm nenhum controle sobre suas folhas de pagamento, mas adverte que possíveis cortes podem até mesmo levar à perda de profissionais. "É um problema sério, uma coisa que nos preocupa", disse ao Estado. A seguir, os principais trechos da entrevista.
A Andifes tinha conhecimento dessa informação de que haveria irregularidades em torno de R$ 300 milhões nas folhas de pagamento das universidades?
Em nenhum momento isso foi colocado. Tivemos auditorias nas universidades, mas isso é rotina do Planejamento. Na minha instituição, por exemplo, teve auditoria sobre a incorporação das funções gratificadas, mas o Planejamento indicou que não modificássemos nada e aguardássemos em março uma posição do ministério.
Como fica a situação da Andifes e dos reitores com o governo, que pretende suspender esses pagamentos que considera irregulares, e os professores, beneficiários disso?
A universidade não tem nenhum tipo de ingerência nem sobre a folha de pagamento nem sobre as questões jurídicas. A defesa é feita diretamente pela Advocacia-Geral da União. E não temos nenhum nível de autonomia na folha de pagamento. Como vamos mediar isso? O nosso poder de mediação é um poder político. Poder de autonomia sobre essas coisas nós não temos nenhum.
Há casos em que incorporações podem representar mais de 20% do salário de um professor, não?
Claro que com ganhos históricos incorporados, como o caso da Universidade de Brasília (UnB), uma possível redução salarial é um transtorno. Faz parte da vida das pessoas. O salário dos professores é abaixo do que seria compatível com o nível exigência que temos. É um problema sério, certamente numa situação dessas corremos o risco de perder quadros. É uma coisa que nos preocupa.
Essas decisões jurídicas e as incorporações não criam enormes diferenças entre professores que deveriam estar no mesmo nível?
Já existem diferenças salariais. Os ganhos judiciais se aplicam aos professores que ganharam isso na Justiça, talvez tirando o caso da UnB. Essa decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) com relação ao caso UnB terá repercussão no sistema, imagino, dependendo de como as coisas forem feitas. Para mim, uma carreira precisa partir de um princípio de isonomia, no qual todos têm a mesma atribuição. Hoje, com todas as amarras na legislação, não vamos ter grandes diferenças daqui para frente, mas vamos conviver com as diferenças do passado ainda por algum tempo.

QUEM É

Engenheiro agrônomo especializado em fitotecnia, professor e atual reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG). Desde o ano passado, é presidente da associação dos dirigentes das universidades federais (Andifes).