segunda-feira, 14 de setembro de 2009

As Instituições e a Utopia Humana

Ainda que eu não seja um profissional de humanas, creio que à medida que o homem começou a se organizar em sociedade veio juntamente a criação das instituições que a viabilizariam. Estas instituições, sendo tocadas por um grupo de indivíduos, cumpririam o papel de serem mediadoras dos desejos da coletividade. A teocracia, a democracia, as religiões, as leis, as escolas, etc.. todas estas intituições objetivam prover a sociedade de elementos que possibilitam a convivência social, torna a convivência social possível e, também, suportável.
Contudo, um problema se põe: a quem cabe o direito de execrcer o poder nestas instituições? A todos? A algum grupo específico? Os gregos cunharam a expressão democracia para afirmar que o verdadeiro poder da instituição vêm do povo: é o governo do povo. Sabemos que na democracia grega os escravos estavam excluídos do processo de tomada de decisões, privilégio dos ditos cidadãos, mas ainda assim o cerne da idéia de democracia permeia hoje o ideário político moderno. Porém, qualquer que seja a forma de organização social, a história está repleta de exemplos (se não toda ela) de lutas sangrentas pela conquista do poder nas instituições. Mas isto não impediu que o ser humano, em sua utopia, sempre idealizasse novas instituições que tornassem possível o sonho de uma sociedade melhor.
A utopia humana está presente nas mais diversas esferas, além da política e econômica, e aqui entra o ponto central deste pequeno texto: a utopia na educação. Acredito que as instituições que melhor traduzem as nossas utopias no âmbito da educação são as instituições públicas de educação superior. Elas são detentoras da grande maioria dos cursos melhores avaliados e detém quase toda a pesquisa que é realizada no país. Além da qualidade do ensino, são gratuitas e laicas e se elas não atingem uma maior parcela da população brasileira é devido ao grande abismos que existe entre a educação pública e a privada a nível de ensino fundamental e médio.
Sob o ponto de vista de serviço a população, uma universidade pública cumpre em plenitude sua função quando realiza sinergicamente e de modo igual atividades de pesquisa, ensino e extensão. É neste tripé que se sustenta a função destas instituições, e é na sua realização plena - além da manuntenção da gratuidade, da laicidade e da qualidade de seus serviços - que reside sua utopia. Porém, como nas demais instituições humanas, também dentro das universidades se trava uma luta permanente pelo poder, aqui entendido como a administração de sua estrutura em todos os níveis possíveis: dos departamentos a universidade como um todo. Dentro do jogo democrático, o embate de idéias e visões é benéfico, e a alternância de poder entre grupos de diversas visões é um termômetro de sua "saúde democrática". Infelizmente não é esta a regra: existe claramente dentro das universidades grupos que cuja característica é que seus indivíduos centram suas atividades com foco maior numa das três atividades supra mencionadas, bem como existem indivíduos cujo foco é a administração pela administração, ou seja, focam suas atividades apenas no poder. É a regra da política se repetindo em diferentes esferas, em particular na educação.
Desnecessário dizer que grupos que almejam "o poder pelo poder" não tem pejo nenhum em lançar mão de qualquer estratégia que permita alcançar seus objetivos. No caso particular das universidades, vemos que este projeto vai de encontro com suas atribuições, na medida que em nome do poder a utopia só existe quando esta está a favor, e não contra, dos planos de conquista. E assim uma parcela, digo significativa, da comunidade universitária se vê alijada de seus sonhos, da realização plena de suas funções, simplesmente devido a um jogo de poder mesquinho que se estabelece. Assim a universidade, que deveria ser uma espécie de aliada na conquista de uma sociedade justa, se vê refém das mesmas injustiças que grassam a já maltratada sociedade, a mesma que com seus suados impostos pagam a conta de toda esta sujeira, ajudando assim a perpetuar o atual status quo.
O que precisamos para mudar isto? De homens verdadeiramente públicos, que tenham respeito a todo dinheiro que a sociedade investe nas universidades, e ao mesmo tempo que ainda pactuem da utopia da universidade. O curioso que no discurso para se manter o poder, estas são sempre as qualidades que os políticos de plantão propagandeiam de si mesmo, sempre se mostram como aqueles que trarão a universidade a sua função plena! Como separar o joio do trigo? Simples: veja o histórico de cada um. Se neste histórico aparecer uma vida devotada ao ensino, a pesquisa e a extensão, com RECONHECIDA contribuição nestas esferas, este é um primeiro indicativo de que o pleiteante tem coerência com os ideais universitários. Os outros? Veja a sua volta: sua equipe tem que apresentar currículo parecido. E, por fim, veja se ele não é uma figura corriqueira nos círculos de poder: são como urubus em torno de uma carniça e, com tristeza constato, é nisso mesmo transformam a universidade com suas PULHIticas: numa carcaça malcheirosa.
Somente o diálogo sincero e aberto de idéias, e não conversas de gabinetes, e a constante vigilância de todos os membros da universidade sobre o que acontece na mesma, que teremos enfim uma universidade que não precisa ser a utópica, mas que seja pelo menos um espaço democrático de troca de idéias, respeito ao bem público e sintonizada com o papel para o qual ela foi designada.
Cordialmente,
Adriano de Souza Martins

10 comentários:

  1. Prezado Adriano,
    Concordo em tese com a maioria dos seus apontamentos ao trazer para a análise da micropolítica da universidade elementos convencionais da análise sociológica e antropológica. Acho no entanto que é preciso superar uma certa "esperança ingênua" da universidade como o lugar automático da crítica e da democracia. Isso é um projeto e não um dado. Tem que ser construído. É preciso enxergar em toda a sua extensão como a universidade reproduz o "modus operandi" da sociedade como um todo na luta pelo poder. O micro-cosmo reproduz o macro-cosmo. As mesmas escaramuças que ocorrem no Senado Federal ocorrem também na universidade, como ocorrem no poder público municipal ou mesmo no judiciário.
    Penso que a estratégia da "indissociabilidade ensino, pesquisa, extensão" é um bom mote pra uma universidade que não se esgota em si mesma mas interage intensa e sistemáticamente com a sociedade operando o que Boaventura de Souza Santos chamava de "ecologia dos saberes". Acho que é na interação universidade - sociedade, mais do que na existência de "homens verdadeiramente públicos" (o que é importante, sem dúvida) que podemos encontrar os elementos pra vencermos o pensamento reacionário que, também na universidade se encastelou no poder. Neste sentido é que estou com a estudante Darla que, ao engajar-se na ação educativa através de um vestibular popular vê o distanciamento real da universidade com a sociedade e começa a se propor formas de superação.

    Saudações universitárias,
    Emmanuel
    Vice-Reitor

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  2. Salve Emmanuel! Teus comentários foram bons, e sinto que se estivéssemos conversando ao vivo o papo iria longe! Mas como a expressão aqui é a palavra escrita, temos que que ser mais lacônicos. Apesar de um pouco surpreso, não me incomodei com a expressão "esperança ingênua" que utilizaste. Entendi o contexto, apesar de sempre acreditar que a utopia, mesmo que ingênua, deva ser a motivação mais profunda de determinadas ações humanas. Em nenhum momento eu quis ser maniqueísta, no sentido de achar que há uma separação bem clara do "bem" e do "mal". Houve um período em que os livros de ficção científica pregavam que uma sociedade justa devia ser governada por cientistas sábios, e pela experiência real do projeto Manhatan vemos que as coisas não são bem assim. Assim como na democracia política, a universitária também se pauta em princípios, e é pela nossa contínua vigilância que vai ser possível trazer a universidade para próxima de seus ideais, que COM CERTEZA passa também por ações que a aparoximem mais da sociedade. Fui também professor de pré-vestibular popular na baixada fluminense, e sei da importância de se democratizar o acesso às públicas. Como eu disse, são nas ações de extensão, às vezes relegadas ao segundo plano, que a universidade se aproxima da sociedade. Por fim, vale ressaltar que sendo professor da UFF em Volta Redonda e estar vivendo "in loco" os últimos acontencimentos, em particular presenciando o provável naufráguio de um belo projeto de ampliação das instalações daqui, vejo que a minha "esperança ingênua" (apenas embarcando na sua expressão, não sendo crítico à mesma) foi frustrada pelo "pragmatismo eleitoral".... e fugir deste assunto para mim é trair os meus princípios. Saudações universitárias e vivas para o debate saudável!

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  3. Não tenho uma opinião formada sobre ser ingenuidade ou utopia crer que a universidade esteja livre das disputas de interesses e pelo poder, visto que as instituições na sociedade moderna foram criadas para que a sociedade se formasse nos modos do pacto social, logo, calcadas no cerceamento dos indivíduos. Cerceamento este que supõe normas e condutas aceitáveis para o desenvolvimento da própria sociedade. O que faz saber que a universidade, como toda e qualquer instituição moderna (mesmo não tendo isso criada na modernidade) não é apenas o espaço do livre discurso e pensamento, mas de moldar indivíduos para a sociedade que se quer. Além disto, conhecimento e poder estão entrelaçados.
    Logo, não creio que devemos vislumbrar um espaço acadêmico distante da realidade do todo. Assim como o Emmanuel disse, é o micro que reflete o macro. Para além, acredito ser impossível não vivenciar essas disputas (mesmo as mais baixas e politiqueiras) dentro de um espaço em que as pessoas são o principal bem, e onde os egos e as vaidades muitas vezes se sobressaem.
    Contudo, penso que ao invés de pensarmos em uma universidade utópica (nada contra a utopia) é necessário termos ações práticas dentro desse espaço. O caso do PUVR é apenas um exemplo do que acontece nesses espaços onde o ensino, a pesquisa e a extensão deveriam ser o sustento e a razão de ser dessas instituições. Partir para a luta Política sadia é mais que necessário na atual circunstância. E, filosofando um pouco, talvez tenha sido esta situação boa para que muitos tenham a real noção do que é a política tacanha que corrói as veias da instituição que trabalham.
    E para que o objetivo maior da universidade não seja perdido, creio que devemos contar mesmo com as atitudes do dia-a-dia, como a Darla bem citou. Com essas atitudes e com as pessoas interessadas no conhecimento como ferramenta de transformação da sociedade e não como bem precioso que gera mais poder.
    Abrir às portas da universidade, que só é pública se a comunidade tiver acesso a ela e ao que seus membros produzem. Discutir livremente as políticas e práticas que a compõem (já que creio ser impossível nos livramos das politicagens e disputas pequenas), o que a fará laica; e fazer entender que toda comunidade acadêmica é responsável pelo que a instituição é, já que a “gratuidade” (entre aspas mesmo) só faz sentindo se o serviço público for prestado de forma digna e com retorno aos cidadãos.
    E sobre a utopia, tenho um pouco de medo dela sim, já que a história nos prova que o mundo das idéias sem a devida ação se encerra nos sonhos. Por isso creio que o ICex seja uma prova de que com idéias e práticas é que se transforma uma realidade. Muito sonhado e dentro das perspectivas atuais do MEC (que impõe licenciatura como parte da política de expansão, inclusive subsidiando a participação dos professores da instituição com bolsas para atuarem nos novos cursos de formação docente para a educação básica), o Instituto de Ciências Exatas e seus cursos que já estão no vestibular comprovam que não é apenas de sonhos e discussões teóricas que se faz uma universidade, que é necessário devolver à sociedade algo de concreto. Logo, espero que a política com “p” minúsculo não invalide todo o esforço acadêmico e político (sim, teve muita briga política!) que demandou a criação do novo instituto.
    Mas também que não se encerre por aí. E crendo no conceito da dialética marxista, que apenas na tríade REALIDADE-TEORIA-PRÁTICA que reside a razão de ser do ensino, da pesquisa e da extensão. Sem esquecer, contudo, que os homens que a fazem são formados por subjetividades que advém dos aspectos social, político, econômico, classista, dos gostos e desejos.
    Oxalá tenhamos muitas Darlas dentro dos muros da UFF! E a temos, sabemos disso. Basta que suas ações sejam mais divulgadas.

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  4. Ah...parabéns a todos por esse espaço de discussão e pelos que aqui postam e realmente fazem jus ao que a sua criação se propos.

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  5. Olá Aline e a todos! Acredito que em relação a este tema seja o meu útlimo comentário, até porque a gente fica chato! Mas tua mensagem não me deixa de fazer considerações! A pergunta central é: QUAL O PROBLEMA DA UTOPIA? Pela etmologia da palavra, ela é inalcançável, mas ela deve ser sim um referencial, um horizonte para as nossas ações. O próprio Emmanuel, ao responder a Darla, foi utópico ao Citar a constituição brasileira... que muitos taxam de utópica (veja os primeiros artigos)! Mas por que não citá-la? Ela não é o nosso referencial de uma sociedade que queremos? Você mesmo é utópica quando cita a práxis marxista, pois sabemos como é difícil fazê-la (senão não estaríamos aqui discutindo) ... mas você usou bem a palavra CREIO, pois a dialética marxista passa a ser um sistema que você acredita que funciona! Algumas das grandes revoluções também foram motivadas pela utopia, e os desvios subsequentes foram devido ao afastamento dos ideais iniciais. Infelizmente também já vi este mesmo discurso, o do "vamos discutir, incluir a sociedade, etc... " nos mesmo "fazem nada", apenas sendo lábia para convencer! Sim, parabéns a Darla e a todos os demais que tentam trazer a universidade para perto da sociedade... e neste grupo eu me incluo e incluo boa parte do grupo que idealizou o ICEx. Numa boa... o MEC não impôs nada, ele apenas constatou uma absurda carência de profissionais de educação, especialmente na área de exatas (estamos no sudeste, que apesar das carência é uma região abastada). Abrimos mão de duas licenciaturas, em física e matemática, e as subistituímos pelos respectivos bacharelados apenas porque existem duas instituições públicas em Volta Redonda que oferecem estas licenciaturas (CEDERJ e CEFET). Ficamos totalmente livres para pensar o projeto, em sintonia com as carências locais mas também em sintonia com as aspirações acadêmicas nossas. Estamos saindo por aí visitando cursos e prés vestibulares para divulgar os cursos... e o que é isso senão a fé num projeto (utopia?)? Tudo que eu escrevi sobre utopia é nada mais do que um desabafo de uma pessoa que, cumprindo seu papel social como professor universitário, tendo atuado em prés-vestibulares onde 120 pessoas se apinhavam num salão de igreja, vê um projeto de grande impacto ser afundado em mesquinharias... e ainda fala-se em discurso utópico vazio? Obrigado pelas tuas palavras, no que toca ao reconhecimento ao nosso esforço de criação e oxalá tenhamos também mais de você, Aline, aberta a uma discussão e ao mesmo tempo pondo os argumentos de forma sincera e bem feita! Saudações!

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  6. Pois é Adriano, por isso gosto dessas espaços.
    E espero mesmo que todos os tópicos deste blog tenham a intenção de discutir idéias.
    Quando critico a utopia, e disse desde o início do argumento que não sou contra elas, é simplesmente o fato da utopia em si mesma.
    Partir de um sonho e ir para a prática é essencial para que a "utopia" se tranforme em realidade.
    Por isso mesmo citei o caso do ICex, como uma utopia - a partir da contextualização da realidade regional e a carência de profissionais, que foi posta em prática. Ou seja, uma ação efetiva.
    Sobre o MEC, existe uma lei que atrela às novas expansões a criação de cursos de licenciatura, sim...não digo com isso que é o caso da UFF/PUVR em específico.
    Sobre o meu "crer" não o coloco no campo da utopia, não...é uma forma de análise da realidade, uma discussão metodológica, que, é claro, implica subjetivismos e linhas de pensamentos.
    O "discurso utópico vazio" é que é triste, como acontece nas politicagens tacanhas. E espero que não tenha entendido em algum momento que estivesse tentando atribuir ao seu discurso utópico este vazio. Longe de mim! Acompanho e esforço para tirarem os novos cursos do papel e sei de outras iniciativas que se aplicam na abertura da universidade para a comunidade, a quem ela realmente pertence.
    Apenas me posicionei sobre o que acho da utopia de uma universidade e que não podemos esperar que todos dentro da instituição congreguem as mesmas idéias. Afinal, todos temos nossos próprios desejos e anseios pessoais. Alguns se congregam ao bem coletivo, outros não.

    Mais uma vez, parabéns pelo trabalho dos novos cursos.

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  7. Como Professor da Escola de Engenharia considero que o ICEX colocará a Engenharia em outro patamar em Volta Redonda, não somente pela qualidade dos professores e alunos que o habitarão, mas também pelo seu projeto pedagógico e infraestrutura que disponibilizará. Não podemos, em hipótese alguma, permitir que uma acão irresponsável desvirtue o projeto original do ICEX - REUNI. resta-me perguntar. A quem interessaria abortar o projeto do ICEX ? A quem interessaria uma intervenção na condução do Projeto, como ocorreu recentemente ? Estou me relembrando das caloradas discussões que houveram na Escola de Engenharia no momento de Proposição de participarmos do REUNI e posteriormente na criação do ICEX.

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  8. Sugiro a todos que vejam uma postagem de um outro blog no endereço:

    http://portadeescola.blogspot.com/2009/07/expansao-da-uff-em-volta-redonda-polo_29.html

    A quem interessa que o REUNI não tenha êxito em Volta Redonda? E a população regional, como fica?

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  9. Estimados Adriano, Aline e demais amigos,

    A expressão "esperança ingênua" aplico antes de mais nada a mim mesmo. Acho que toda "esperança ingenua" pode ser solo fértil para, através da praxis, se transformar em "esperança transformadora". O que não se pode perder efetivamente é a esperança. Sou adepto apaixonado da máxima gramsciana de usar contra o pessimismo da razão, o otimismo da prática.
    Muitas vezes fico desanimado na nossa universidade (pessimismo da razão) quando observo até que ponto ela foi capturada por uma lógica utilitarista, fisiológica e clientelista. Acho mesmo que Volta Redonda é a vítima mais recente do que pode fazer a truculência retrógrada e de direita encastelada no poder universitário. Mas também tenho que parabenizar e me solidarizar com vocês quando abrem este espaço democrático de discussão (otimismo da prática) que só pode levar à superação da intervenção autoritária em Volta Redonda e em todos os polos da UFF.
    A fala da Darla me emocionou tanto justamente por que ela aponta, de certa forma, pra uma necessária "esperança", se ingênua ou não, não importa, mas que se mobiliza contra a acomodação que não enxerga mais porque foi tomada por uma cegueira branca, produzida pelo ofuscamento dos que não querem mais lutar contra a mediocridade. Se cansaram, talvez! Ah que saudades do José Saramago com o seu "Ensaio sobre a cegueira". Como, sem saber, ele retrata os bastidores dos podres poderes na UFF!!!

    Saudações academicas,
    Emmanuel

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  10. Olá Adriano, Emmanuel, Aline e todos leitores,

    Antes de mais nada, parabéns aos três pela participação ativa, sincera e objetiva de vocês nesse blog de discussão cujo foco principal é a nossa academia. A participação em Volta Redonda dos alunos e também dos funcionários e docentes no Conselho do PUVR parece ser incompreensível as pessoas e/ou politiqueiros vindos de outras terras. Além disso, ficou bastante claro que a opinião destas pessoas é que "reuniões de conselho são para seres superiores" e que um docente ou aluno "qualquer" não precisa ter acesso a informações da sua própria casa (Universidade). Este tipo de comportamento me indica que estamos vivendo um período cinzento ou ainda "dias de chumbo" no PUVR. Não podemos aceitar de forma passiva à demonstrações de falta de democracia e de desrespeito aos membros da nossa Comunidade Acadêmica. Faço aqui um apelo aos Conselheiros do Pólo que digam Não à INTERVENÇÃO e expressem as indignações daqueles que eles representam (vale lembrar que eles foram eleitos democraticamente pelos professores, alunos e técnicos) pelo naufrágio do Projeto Acadêmico do PUVR. Naufrágio este muito bem descrito pelo Jean. Também espero dos conselheiros uma cobrança incisiva e constante ao novo gestor do Pólo por soluções aos graves problemas apontados pelo antigo diretor do PUVR (Prof. Alexandre). Afinal de contas, o INTERVENTOR encontra-se diretor já por 4 semanas e até o momento ainda NÃO FEZ NADA!!! E esta estória para boi dormir de querer conversar de forma individual e secreta com cada conselheiro, isto está correto, é ético? Por que o novo diretor interventor não se apresentou para todo TODOS OS ALUNOS, SERVIDORES E DOCENTES? Por que ele insiste em ser TÉCNICO DE FUTEBOL em vez de Diretor (com r maiúsculo)? Por que ele trata os funcionários do Pólo como escravos que tem que viver dentro de uma senzala (colocar 14 colaboradores do Pólo na sala C21 é no mínimo atentar contra qualquer lei trabalhista no Brasil)? Por que os diretores da EEIMVR e ECHS derão boas vindas ao INTERVENTOR e NÃO COBRARAM dele o novo Projeto do Pólo? E as obras do Pòlo, por que estão paralizadas? E o reitor da UFF, por que ainda não veio à Volta Redonda apresentar o INTERVENTOR e explicar a Comunidade sobre o futuro (eleições, andamento das obras e futuras expansões) do PUVR?

    Saudações de um membro da Comunidade que TEME ser perseguido pela sua posição frágil no PUVR (a corda sempre arrebenta do lado mais fraco, não é?).

    Enfim Saudações...Tempos Difíceis estes

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