segunda-feira, 17 de maio de 2010

ASSÉDIO MORAL É CRIME! Em VOLTA REDONDA parece FOLCLORE!

Desemprego. Milhares de pessoas concorrendo por uma vaga pública. Neste terreno infértil do mercado de trabalho, cabe perguntar: o que leva um funcionário público, recém concursado, a buscar outra vaga em outra instituição, pelo mesmo cargo, pelo mesmo salário?

Se pararmos para analisar a história recente do PUVR, ou mais especificamente, da EEIMVR iremos ver que a pergunta acima cabe perfeitamente em Volta Redonda. Quantos servidores chegaram e já se foram em apenas 4 (quatro) anos? Entre professores e técnico-administrativos contabilizamos alguns tantos. Motivos pessoais? Profissionais? Ou um ambiente hostil, coronelesco, meio parecido com uma antiga novela de Dias Gomes?

Se alguns professores debandaram por um local de trabalho melhor (porque a base salarial pouco varia), técnico-administrativos fizeram o mesmo. Funcionários em início de carreira vislumbram uma realidade impossível de se sonhar no PUVR/EEIMVR. Pedíamos pouco: apenas a possibilidade de realização de nossas funções para as quais o governo nos pagava e, claro, um pouco de ética e respeito, porque isto, ao que parece (não aqui!) faz parte da relação de trabalho, estabelecida há anos pelo mesmo que inaugurou essa unidade de (sic) ensino. (Consegue se revirar no túmulo, Vargas?)

Mas o que encontramos foi um terreno podre, que cheirava a política pequena, com “p” bem minúsculo: desvio de função, tapinha nas costas, conversas de gabinete que mais tarde geravam “dívidas”, sorrisinhos e escárnio, vetos para funcionários públicos participarem de trabalhos públicos, com perseguição de pessoas, achaque, brigas estapafúrdias entre iguais (tão desiguais nesses tempos de currais), promessas de processos administrativo e o jargão do “você está em estágio probatório!”. Contudo, nada era pior do que o boicote contra atividades acadêmicas que tentávamos implementar, na tentativa (nossa) de melhorar o processo de ensino-aprendizagem e no esforço (deles) de “cortar nossas asinhas”. Tudo porque tínhamos ideologias a respeito de educação pública diferentes. Excelência Acadêmica??? Pra quê? Quando cupinchas vivem de tico-tico e assim se vai levando a Educação Superior Pública nesse país tão atrasado quanto o mundinho da UFF sucupirense (ops, Volta Redondense...não que a niteroiense seja lá muito diferente).

UFF Inovadora??? Já começo a pensar nos companheiros que aí estão. Se até agora o assédio moral a funcionários rolou solto, me arrepia a espinha só de imaginar as novas artimanhas contra o lado que a corda sempre arrebenta que pode estar vindo com esse espírito de inovação! Mas, se Dias Gomes imortalizou Odorico, a UFF há de entrar para o folclore nacional com a paródia da vida real de sua Sucupira Cinzenta!
"Como diria o rei dos persas, Dario Peito de Aço, pra cada problemática tem uma solucionática". (Odorico Paraguassu)
Freira.[1]


[1] Pseudônimo de quem crê numa educação pública, gratuita, laica e digna.

Um comentário:

  1. E é exatamente contra este contexto que estamos lutando. Queremos uma UFF de fato inovadora. Assédio Moral é crime contra o trabalhador e precisamos lutar por nossa dignidade. Nós que continuamos aqui, acreditando que somos capazes de trazer essa mudança pra Volta Redonda. Estamos tentando mostrar que não permitimos que nos façam de marionetes.
    Somos uma classe pensante, digna e fiel aos nossos princípios.
    Não estamos buscando política e sim respeito.
    A escolha de um novo Reitor, nos traz essa esperança.

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