sexta-feira, 25 de junho de 2010

Efeitos da Copa


Sexta feira, 25 de junho de 2010, 15:00 da tarde, em pleno dia útil, Escola de Engenharia Industrial Metalúrgica de Volta Redonda: Ninguém nos departamentos, nas coordenações, na direção, na xerox, só cadeados nas portas, e eu aqui, tentando aplicar uma verificação suplementar de Elementos de Máquinas, precisando de cópias das provas, de folhas de provas, de autorização para cópias, em fim, da escola funcionando para fazer o meu trabalho, pelo qual eu e todos aqueles que não estão aqui hoje recebemos. Vejo também muitos alunos precisando da biblioteca. Nem pensar, tudo fechado.

Gostaria de saber em que momento foi “declarado” este feriadão. No site da uff encontro a seguinte informação: No dia 25 de junho, sexta-feira, o jogo Brasil e Portugal será às 11h (horário de Brasília). Haverá recesso nas unidades de Niterói. Nos polos universitários e em outros municípios onde funcionam unidades da UFF cada dirigente terá autonomia para adequar o horário de funcionamento ao jogo, considerando algumas atividades já marcadas, como concursos públicos.

Não recebi nenhuma comunicação de qualquer dirigente do nosso pólo/escola/departamento sobre alterações no horário de expediente desta sexta feira. Mesmo que assim fosse, não devemos deixar de nos alarmar com a quantidade de feriados e dias não trabalhados neste ano. Como diria Ancelmo Gois, parece piada, e é. É fácil entender porque o serviço público é o sonho de consumo de 11/10 brasileiros.

Sds

Durán

9 comentários:

  1. Até que enfim alguém faz uma denúncia de peso. Uma sugestão: professor Durán, porque o senhor não procura o Ministério Público (localizada em cima da Loja Americanas, em frente a Praça Brasil) e faz essa mesma denúncia por escrito? E também informe para o promotor público que vários professores com regime de dedicação exclusiva também não cumprem as suas 40 horas de trabalho semanal, mas recebem o seu salário integral. Parabéns pela sua coragem...Espero que que ela seja oficializada dentro da UFF e também no Ministério Público.

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  2. Prezado Professor Durán,

    Seus comentários são totalmente sem fundamentos.

    Eu não preciso lhe dar satisfação do que faço, assim como os demais colegas professores, mas mesmo assim, vou relatar o meu dia: pela manhã avaliei artigos de congresso, assisti ao jogo, almocei e, durante a tarde, corrigi inúmeras provas. Professor Durán, o senhor bem sabe que determinadas atividades não precisam ser realizadas nas dependências da UFF, principalmente quando se tem uma sala comunitária. Então como pode acusar os colegas professores de não estar na escola. Por que o sr não buscou informação na direção ou no seu departamento no dia anterior? Não estava na escola? O sr. só encontrou 5 professores hoje? E na estreia do Brasil na Copa? Por a caso o sr estava na escola? Pelo menos o senhor sabe a diferença de um professor 20H, 40H e D.E.?

    Acho que no mínimo, o senhor deve desculpas por ofeder a quase 100 professores que devem estar realizando suas atividades em outros locais.
    Caso precise verificar quem trabalha, consulte a plataforma cnpq/lattes ou o Rad.

    Ah! Se não está satisfeito, procure uma forma de voltar para o seu país e deixe a sua vaga, no serviço público, para um professor brasileiro.

    Saudações Acadêmicas!

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  3. Só um adendo: procure o Ministério Público em horário que o Brasil não esteja jogando.

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  4. Quer dizer que 10% dos 20% de professores que trabalham resolveram fazer igual aos 80% que já não cumprem a carga horária, seja 40, DE ou 20? Nossa... a Copa serve pra isso tb!!!

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  5. Ficar na Escola pelos corredores, fazendo intrigas e politicalhazinhas conta, mas ficar em casa preparando aulas e corrigindo provas não?
    Concordo com o segundo anonimo neste aspecto, professores trabalham em casa, ao contrario de funcionarios. Estes sim têm muito o que justificar quando não se encontram presentes ou não cumprem suas 40 horas (ou seriam 30?). Mas achei lamentavel o comentario xenofóbico do mesmo.

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  6. Sugestão:

    Coloca uma catraca... roleta eletronica, cartão de ponto, já que é pra cumprir horário... Ou bedel carimbando carteirinhas. O importante não é produção do docente é estar na eeimvr KKKKK...

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  7. Acho que este último comentarista anônimo tocou num ponto válido: a produção é importante.
    Entretanto o mais importante é avaliá-la. Vamos ver quando a universidade começa a avaliar de fato a produção acadêmica e valorizar a competência em vez do voto.

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  8. Prezado 2º anônimo,

    Antes do que mais nada acho que o Sr deveria se identificar. Seria uma discussão mais saudável. Observe que não ofendi a nenhum professor, logo não devo explicações para ninguém. Reclamei apenas que a escola não se encontrava em funcionamento. Mencionei o nome de alguns colegas que por acaso vi esse dia, mas isso não implica que os que eu não vi não estavam trabalhando. Muito menos que estivesse controlando o tempo deles. A pouca quantidade de professores naquele dia foi colocada como exemplo do feriadão não declarado que estava acontecendo. Passa muito longe da minha cabeça que, para que a escola funcione plenamente, seja necessário que todos os professores estejam presentes. Leia bem o meu comentário e verá que não peço satisfação do lugar em que o Sr ou qualquer outro professor estava, e muito menos o que estava fazendo.

    Sou favorável ao horário aberto para professores universitários. A sugestão para procurar o MP (coisa que nunca farei, obviamente) e o tema dos professores que não aparecem e recebem salário integral foi trazido pelo primeiro anônimo, e não por mim, como o Sr já deve ter observado.

    Quanto a minha vaga no serviço público, antes do que mais nada me parece uma monumental falta de respeito a sua xenófoba posição. De qualquer forma é bom que saiba que ela (a vaga) não conseguiu ser preenchida em três ocasiões por falta e/ou reprovação dos candidatos e conquistada por mim em uma quarta oportunidade (para mim a primeira) onde eu era o único candidato. Sempre fui muito grato a este país e ao povo brasileiro pela acolhida. A minha pós-graduação foi paga integralmente pelo governo brasileiro e a minha dedicação integral à formação de novas gerações de engenheiros brasileiros ocorre como uma forma (bem modesta, reconheço) de retribuição deste investimento.

    Quanto a buscar uma forma de retornar ao meu país infelizmente não existe neste momento. Espero que o Sr anônimo, caso precise emigrar algum dia, não sofra deste tipo de discriminação quaisquer que seja o lugar que for.

    Sds

    Durán

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