segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

CNPq divulga resultados de editais para pesquisa agrícola

Dois editais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq) investirão R$ 68 milhões

Ao todo foram aprovadas 217 propostas para apoiar a Sustentabilidade da Agropecuária Nacional e Fortalecer a Agricultura Familiar. O CNPq formalizará os resultados por meio de correspondência a ser enviada para cada coordenador de projeto. Confira a baixo um resumo de cada Edital e o link para os resultados completos.

Sustentabilidade da Agropecuária Nacional - o objetivo do Edital 022/10 é apoiar projetos em redes que visem contribuir significativamente para o avanço da agrobiodiversidade e sustentabilidade da agropecuária nacional. O CNPq/MCT selecionou 91 projetos. Ao todo serão investidos R$ 52 milhões. Veja os resultados em http://www.cnpq.br/resultados/2010/022.htm

Fortalecimento da Agricultura Familiar - o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o CNPq irão investir o valor global estimado de R$ 16,2 milhões no apoio a 126 propostas aprovadas pelo Edital 058/2010. Os projetos escolhidos deverão desenvolver e fortalecer a agricultura familiar em todo o território nacional. Veja os resultados em http://www.cnpq.br/resultados/2010/058.htm
(Assessoria de Comunicação Social do CNPq)

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Comunicado da Direção da EEIMVR: À COMUNIDADE ACADÊMICA DA EEIMVR

É com grande satisfação que informamos que durante o período de férias (mês de janeiro) será concluída a obra de revitalização do Pátio Interno da EEIMVR. Por este motivo, a partir de 03/01/2011 (segunda-feira), o acesso ao prédio anexo (Biblioteca e Salas de Aula) estará interditado.
         Antecipadamente, nos desculpamos pelos possíveis transtornos advindos das obras e contamos com a compreensão e colaboração de todos.

Saudações Acadêmicas

A   Direção
 Fonte: Mensagem eletrônica
monica at metal.eeimvr.uff.br
"Prezados,

               Boa Tarde!! De ordem da Direção desta Unidade, encaminho Comunicado da Direção da EEIMVR para ciência e ampla divulgação.

                                          Atenciosamente.

                                     Secretaria da EEIMVR"

domingo, 21 de novembro de 2010

Reitores cobram participação na elaboração de políticas públicas para C&T

Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) realizou reunião do conselho pleno na terça e quarta-feira, 16 e 17 de novembro

Esta semana, reitores de universidades federais brasileiras participaram da reunião da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), na Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói (RJ), onde defenderam, entre outros pontos, a participação das universidades na elaboração das políticas públicas para ciência e tecnologia.

"Nosso objetivo é atuar como protagonistas durante o próximo governo", disse o presidente da Andifes, Edward Madureira. De acordo com ele, um documento com propostas de parcerias, como a elaboração dos planos de fomento às pesquisas científicas, deve ser entregue ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) na próxima semana.

Presente no encontro, o secretário executivo do MCT, Luiz Elias, assegurou que o investimento em pesquisas científicas será mantido no governo da presidente eleita Dilma Rousseff. Segundo ele, em 2010, o montante destinado à atividade foi de R$ 360 milhões.



Durante a reunião também foi colocado em debate o projeto de lei que reestrutura a carreira docente. A minuta do projeto de lei já foi apresentada pelo Executivo, mas as entidades sindicais que representam a categoria rejeitaram alguns pontos.

O mais polêmico é um indicador que leva em conta o número de horas em sala de aula. Para as entidades, ele interfere na autonomia universitária. Os reitores também discutiram a criação de cargos nas universidades e uma suplementação orçamentária para este ano.

Inovação como prioridade

Ao abrir a reunião da Andifes, o representante do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), Luiz Antonio Elias, afirmou que a inovação científica e tecnológica deve constituir prioridade de políticas permanentes de Estado e fez um balanço das ações do ministério nos últimos anos.

De acordo com Elias, uma política industrial articulada com a política de ciência, tecnologia e inovação mudou o padrão de desenvolvimento econômico de alguns países, e o Brasil tem condições de atingir um patamar próximo dos países desenvolvidos.

Para isso, "o Estado deve promover, orientar e articular as atividades inovadoras e os vínculos entre o aparato universitário de ciência e tecnologia, as agências de fomento, os laboratórios públicos e privados de P&D e o setor produtivo", afirmou.

Em 2009, os editais do Programa de Apoio à Implantação de Infraestrutura em Pesquisa (Pro-Infa) somaram R$ 390 milhões no total, pontuou, além de o país ter tido 38,8 mil mestres e 11,4 mil doutores titulados nesse mesmo ano.

Em 2010, as principais recomendações da 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, realizada em Brasília, de 26 a 28 de maio, lembrou Luiz Elias, foram a consolidação e fortalecimento do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação; a ampliação significativa do contingente de pesquisadores e técnicos; a expansão da pós-graduação, enfatizando a descentralização regional; o investimento em grandes laboratórios e projetos nacionais mobilizadores de ciência e tecnologia e, sobretudo, maior integração da comunidade científica com o setor empresarial.

É fundamental, enfatizou o representante do MCT, fortalecer a parceria entre atores estratégicos, como universidades, institutos de pesquisa e tecnologia, empresas e governo.

As principais recomendações, finalizou Elias, estão sendo incorporadas à proposta do Pacti-2 para o período 2011-2015, em fase de elaboração e que será apresentado ao novo governo, de modo a assegurar o processo, sem risco de descontinuidade.
(Com informações do Gestão C&T e da Assessoria de Imprensa da UFF)

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Posicionamento Final DADJ - Fisica 2

É lamentável a falta de companheirismo entre alguns alunos da disciplina de Fisica II. Uma turma está sendo acusada de ter sido beneficiada pelo fato do professor ter abandonado a turma em sala durante a aplicação de uma prova por um período de 2 minutos. Caros amigos, respondam-me a pergunta: O fato do professor ter abandonado a sala durante este período vai alterar a nota dos alunos de outras turmas? É Claro que não! Mesmo que isso tenha acontecido (não afirmamos nada), não conseguimos entender por que os alunos de outras turmas insistem em querer prejudicar os alunos da turma do Armando. Eles deveriam utilizar este empenho contra os próprios colegas para estudar mais para a disciplina de Fisica 2 ao invés de tentar prejudicar os colegas, visto que o fato de os alunos da turma do Armando terem ido bem não altera em nada a nota dos demais. Todos sabem que a prova é unificada, portanto o nível de dificuldade foi igual para todos. Se vocês foram mal, duas foram as causas: 1 - Não estudaram; 2 - A matéria não está sendo corretamente passada pelo seu professor. Portanto, cuidem de suas notas e parem de se preocupar com a nota dos outros, que não foram responsáveis pelo seu fracasso ou sucesso.

Esta é a posição do Diretório. Se não concorda, pare de postar como anônimo e nos procure para expor sua opinião. Estamos aqui para ouvi-lo.


Diretório Acadêmico Dezessete de Julho
dadj@metal.eeimvr.uff.br

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Novas universidades federais cobrem vazios no mapa do ensino

Instituições surgem dentro do projeto do governo federal de expansão das vagas no ensino superior
O aluno de agronomia César Tiago Forte, 18 anos, é filho de agricultores em Santa Catarina e o único de quatro irmãos a seguir estudando após o ensino médio. Géssica Magalhães, 19 anos, cursa letras a 125 quilômetros de onde mora a família no noroeste do Pará. Raísa Cristina Batista Santos, 18 anos, é apaixonada por relações internacionais e se mudou de Guarulhos, em São Paulo, para Foz do Iguaçu, no Paraná, para estudar junto com argentinos, uruguaios, paraguaios e brasileiros de todo o país.

Os três jovens ingressaram em uma universidade pública este ano. Para fazer parte do seleto grupo de 220 mil que estudam em uma instituição de ensino superior federal, não prestaram vestibular, mas o Enem.

Antes, cursaram o ensino médio em escolas públicas, e agora, para ter acesso à vida de estudante universitário, não vivem em grandes centros urbanos. Assim como eles, as instituições a que estão ligados são calouras, todas criadas a partir do último semestre de 2009.

Para conhecer as novatas universidades e seus universitários, o iG viajou para Chapecó, em Santa  Catarina, e Erechim, no Rio Grande do Sul, onde fica a Universidade da Fronteira Sul (UFFS), escola de César; Foz do Iguaçu, no Paraná, sede da Universidade da Integração Latino-Americana (Unila), onde Raísa estuda; e Santarém, no Pará, onde está o campus da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), instituição de Géssica.

A partir desta terça-feira até sábado, dia 20, os projetos e as histórias dessas instituições e de uma que nem começou a funcionar em Redenção, no Ceará, a da Integração da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), são tema de série de reportagens no iG Educação. Textos e fotos mostrarão ainda a realidade de seus alunos, funcionários e professores e como é construir uma universidade, tipo de instituição que normalmente é valorizada por sua antiguidade e tradição.

As novas universidades surgem dentro do projeto do governo federal de expansão das vagas no ensino superior, principalmente para alunos egressos de escolas públicas e de baixa renda, chamado Reuni.

Segundo a secretária de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), Maria Paula Dallari Bucci, o objetivo das instituições seria "cobrir vazios de ensino superior no mapa do Brasil". As novas federais - ao todo, durante o governo Lula, foram 14 - nasceram a partir de projetos diferenciados de formação e para estreitar parcerias internacionais.

Inseridas nesses objetivos, cada uma das instituições criadas no último ano tem uma característica principal, que a diferencia das outras: desenvolvimento regional para um público popular (UFFS), integração com a Amazônia (Ufopa), com a América Latina (Unila) e com países de língua portuguesa na África, na Ásia e na Europa (Unilab). Mas tem, também, traços alinhados. O principal deles é que todas beneficiam, já na seleção, alunos que fizeram a maior parte do ensino médio em escolas públicas. Na UFFS, por exemplo, 91% têm esse perfil, e na Unila, 100%.

Pesquisa e professores motivados

Entre os pontos em comum nas instituições, está a vocação para o que é mais difícil em uma universidade: fazer pesquisa. Como todos os novos contratados são doutores ou pelo menos doutorandos, já chegaram pedindo esse espaço.

A secretária Maria Paula lembra que eles estão encontrando barreiras nesse sentido, por causa da falta de infraestrutura, laboratórios e equipamentos nessas instituições muito novas. Mas ressalta que há um "espírito pioneiro nos novos docentes".

"Os professores chegaram com suas bagagens de pesquisa, e já estão desenvolvendo novos estudos aqui. Já no primeiro semestre, um trabalho interdisciplinar que envolve geografia, agronomia, engenharia ambiental e arquitetura está pensando as condições do novo campus, que ainda está para ser construído", conta o professor de geografia Fabio Sanches, de 37 anos, que se mudou de Tatuapé, no interior de São Paulo, para Erechim, no Rio Grande do Sul, para trabalhar um dos campi da UFFS. Segundo ele, estar num lugar onde há tanto espaço para interferir é gratificante.

Campus em locais pouco habitados

Muitos dos novos campi ficam em cidades e regiões pouco habitadas, como é o caso das cinco sedes da UFFS em Santa  Catarina, no Rio Grande do Sul e no Paraná. O menor deles é localizado num município com apenas 17 mil habitantes, Realeza (PR). Na defesa dessa interiorização, o MEC explica que existe uma demanda recorrente dos prefeitos, a de que as universidades estejam em todas as regiões.

"O fato é que o Brasil montou universidades no litoral. O aluno do interior sempre foi obrigado a fazer o movimento da migração, que é muito triste, porque muitos jovens saem e não voltam às suas cidades. A chegada de um campus ou unidade de educação superior em um município é um convite para o aluno estudar, morar e continuar sua vida lá", diz Maria Paula.

O desafio, segundo ela, é manter os professores nesses locais. No norte do país, onde está a Ufopa, ela considera mais difícil, porque o trânsito entre cidades é mais complicado, as distâncias são longas, a vida é mais cara.

Por isso, ela defende o investimento em oferecer aos profissionais um financiamento habitacional ou condições boas de moradia. "Oferecer uma boa estrutura de pesquisa, especialmente para os docentes titulados, com bons laboratórios e estrutura para participação em congressos, por exemplo, é o mais importante. No Sul, é tudo mais fácil nesse sentido", admite.

Integração com outros países

Entre as preocupações do MEC para as novas instituições está a de que não apenas ocupem espaços na região onde estão, como também estreitem parcerias internacionais. "A vocação internacional marca a Unila, a Ufopa e a Unilab. Faz parte de um projeto maior brasileiro que é o de cooperação bilateral institucionalizada", diz.

Na Unila, que começou a funcionar no segundo semestre, a integração com a América Latina chega a ser uma obsessão. Localizada em Foz do Iguaçu, na região da tríplice fronteira do Brasil com o Uruguai e o Paraguai, alunos brasileiros convivem com colegas e professores da Argentina, do Paraguai e do Uruguai nas salas de aula, além de residirem em uma casa de estudantes onde o quarto é compartilhado entre pessoas de países diferentes.

Toda a estrutura - das aulas, passando pela moradia, a alimentação e o transporte dos alunos, é paga pelo governo brasileiro. O mesmo modelo vai ser adotado na Unilab, que receberá alunos africanos e asiáticos.

Pensar que o Brasil só deveria custear universidades para brasileiros representa uma "visão limitada", segundo Maria Paula. "No caso dos países africanos, é importante porque só vamos entender a história do país, nossas origens e realidade atual se compreendermos de onde viemos e quem são essas pessoas", garante. "Com a América latina, temos trajetórias, dificuldades e problemas comuns e podemos construir soluções juntos", diz.

Na Ufopa, a missão de integrar países vizinhos é um projeto para o futuro.

Projetos pedagógicos interdisciplinares

Os alunos da UFFS, Unila e Ufopa começam as aulas frequentando cadeiras comuns a todos os que entram na universidade, independentemente do curso. Na UFFS, essa série de disciplinas ministradas ao longo do primeiro ano se chama tronco comum, na Unila, ciclo básico, e na Ufopa, formação interdisciplinar I. Essa prática faz parte de uma revisão de currículos estimulada pelo MEC, com o objetivo de articular mais as disciplinas.

Na Ufopa, a reestruturação chega ao ponto de exigir que a partir de agora todos aprendam sobre os ecossistemas amazônicos, aspectos econômicos e sociais da região, entre outros temas, como filosofia e língua portuguesa, antes até de decidir qual carreira querem seguir. Depois, escolherão a área em que pretendem atuar, entre Ciências da Educação; Biodiversidade e Florestas; Ciências da Sociedade; Engenharia e Geociências ou Tecnoloogia das Águas. Definida a grande área, eles terão outra formação interdisciplinar antes de passar para um curso específico.

O novo modelo, que ainda gera dúvidas nos estudantes, permite que eles conheçam as carreiras antes de escolhê-las. "Queremos formar profissionais com uma visão menos segmentada da vida e evitar a evasão dos cursos. Muitos entram numa área como uma expectativa e, depois que conhecem o curso de fato, desistem", afirma o pró-reitor de Planejamento Institucional da Ufopa, Aldo Gomes Queiroz.
(Priscilla Borges e Tatiana Klix)
(IG, 16/11)